Divulgação do Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil
Pelo menos uma em cada três mulheres no mundo é ou já foi espancada ou abusada sexualmente. As estatísticas não param por aí e mostram que, apesar de todos os avanços femininos na luta por seus direitos, ainda estamos longe do fim do patriarcalismo
Por Thays Prado
“A violência contra as mulheres acontece, principalmente, na instituição sacratíssima da família”, observa a advogada e professora de Direito da USP, Eunice Aparecida de Jesus Prudente. Para ela, em pleno século 21, as agressões por motivo de gênero são fruto da crença – que persiste – de que o homem é o chefe e provedor da família e de que os demais membros não merecem sequer ser ouvidos.
Eunice também observa que ainda há diferenças entre a educação dada aos meninos e às meninas. “As mulheres são vigiadas em sua educação e crescem com medo de serem livres. Elas estão sempre submetidas a alguém, primeiro ao pai ou depois ao marido, como se fossem uma criança grande que precisasse do aval do outro”.
O valor exagerado dado ao corpo feminino – em detrimento da inteligência e do conhecimento – é outro fator agravante da violência doméstica, uma vez que a mulher passa a ser entendida como um objeto que pertence ao companheiro.
Quando a questão é a dependência financeira e a remuneração no mercado de trabalho, as desigualdades entre os gêneros são consideráveis. No Brasil, apesar de haver mais mulheres do que homens cursando ensino fundamental, médio e superior, elas recebem menos que 60% do salário deles pelas mesmas atividades profissionais. A PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de 2007, revela que, se nada for feito, a equiparação de salários entre homens e mulheres que executam as mesmas funções só deve acontecer daqui a 87 anos.
OS NÚMEROS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
As mulheres ainda apanham dos homens. Na contramão das diversas conquistas efetivas das mulheres, especialmente no âmbito do mercado de trabalho, e de todos os discursos de que o machismo faz parte do passado e de que há igualdade entre homens e mulheres, as estatísticas mostram que o sexo feminino continua a ser tratado com preconceito e de maneira desrespeitosa, para dizer o mínimo.
De acordo com uma pesquisa de 2000, da Comission on the Status of Women da ONU, no mundo, de cada três mulheres, pelo menos uma já foi espancada ou violentada sexualmente. O dado nos faz refletir que não são apenas as mulheres de baixa renda – financeiramente dependentes do marido ou companheiro – que sofrem violência doméstica.
Em 2001, a Fundação Perseu Abramo mostrou que:
- uma em cada cinco brasileiras já foi agredida por um homem e
- pelo menos 6,8 milhões de mulheres, no Brasil, já foram espancadas pelo menos uma vez, sendo que, no mínimo, 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano – ou uma a cada 15 segundos!
A Pesquisa sobre Violência Doméstica Contra a Mulher, realizada pelo DataSenado, em 2007, acrescenta que:
- para 35% das mulheres agredidas no Brasil, a violência doméstica começa por volta dos 19 anos;
- ao menos para 28% delas, os atos de agressão se repetem e
- as causas da violência doméstica normalmente estão associadas a ciúme e embriaguez do parceiro.
Das mais de 20 mil denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), em julho de 2007:
- 73% se referiam à violência praticada pelo marido;
- 59% alegaram sofrer agressões diárias;
- 70% sentem correr risco de espancamento ou morte e
- 57% afirmaram que os agressores faziam uso de entorpecentes.
Divulgação: Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde - MNAS
Uma mega rede voltada aos Agentes de Saúde (ACS e ACE)
Seja voluntário da MNAS, Clique aqui e nos envie o seu cadastro!
Twitter: twitter.com/AgentesdeSaude
Jornal dos ACS e ACE: bit.ly/MNASJornal
MNAS no MSN: MNAgentesdeSaude.groups.live.com
Canal no YouTube: www.youtube.com/mobilizacaodosacs
No Orkut: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=88080356
No Facebook: www.facebook.com/groups/agentesdesaude
ESSE BLOG FOI UMA RETRATAÇÃO DE CERTA FORMA AO QUE PASSEI DURANTE 5 ANOS DE MINHA VIDA, ONDE MATEI ALGUNS SONHOS E DESCARTEI A POSSIBILIDADE DE VIVER EM MEU MUNDO, PARA VIVER EM UM MUNDO DE TERROR, AGRESSÕES E ANULAÇÕES. HOJE RECUPERADA FISICAMENTE CRIEI ESSE BLOG PARA TANTAS MULHERES ENTENDEREM QUE NÃO ESTÃO SOZINHAS, NESSE MUNDO DA VIOLÊNCIA ENTRE QUATROS PAREDES, NÃO É UM CASO ISOLADO. JUNTAS PODEMOS MUDAR ESSA ESTÓRIA, TENHA FORÇA VÁ EM FRENTE, DE UM BASTA DENUNCIE!
Postagens populares
-
LUCIANA ANDRADE 18 ANOS Eu sofri violência quando eu tinha 17 anos de um namorado meu. No começo ele era muito cuidadoso,carinhoso,se mostr...
-
Tina Turner ( nome artístico de Anna Mae Bullock ; Nutbush , 26 de novembro de 1939 ) é uma cantora americana de R&B , pop ...
-
Depoimentos e Histórias Registradas na Memória "Eu acho que violência contra a mulher é o que aconteceu comigo e que acontece com outr...
-
"Homens que agridem mulheres… Homens que atacam prostitutas, saem na rua atirando em travestis… O que leva um homem a tais selvagerias?...
-
Mulher de 20 anos é assassinada por namorado de 17. Cleiciane Soares Martins não ouviu os conselhos dos pais e re...
-
Mulheres espancadas, queimadas, ameaçadas de morte contaram suas histórias em audiência pública que debateu a Lei Maria da Pe...
-
Published on segunda-feira, 4 de julho de 2011 in Notícias De janeiro a maio deste ano houve um aumento de 4,2% nos casos de violência c...
-
Ana Araújo "Quando me casei, larguei meu trabalho para ser secretária do meu marido. Em 2004, depois de dez anos de casada,...
-
No começo da semana eu estava lendo A dama das amêndoas e marido me fez largar a leitura por causa de BBB. A briga de um cara de quase 2 met...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário