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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Não Aconselho a ninguém perdoar a violência a primeira vez

LUCIANA ANDRADE 18 ANOS

Eu sofri violência quando eu tinha 17 anos de um namorado meu. No começo ele era muito cuidadoso,carinhoso,se mostrava um amor de pessoa,depois fui ver que não era assim. A primeira vez que ele me bateu ele estava muito bebâdo, e me deu um tapa na cara, porque ele não havia gostado do que eu disse pra ele. No momento fiquei muito apavorada, desci do carro e queria ir embora de taxi, mas ele me ligou e eu voltei pra ele. Na outra vez que ele me bateu foi em uma discoteca na frente de todos porque eu havia perdido um cartão que dá acesso a conta da boate. Eu chorei muito, e os amigos dele queriam me levar embora mas eu acabei perdoando ele mais uma vez.
Ele começou a se mostrar mais agressivo, qualquer coisa gritava muito comigo, me tratava muito mal, eu emagreci muito, passo mal, tenho problemas nervosos, preciso tomar remédios controlados por causa disso.Ele começou a me ameaçar, eu não podia sair de casa, não podia ter amigos, não podia fazer nada.
O ruim é que eu não tive coragem de contar a ninguem o que acontecia comigo, sempre fingia estar feliz, o que foi um grande erro porque na verdade eu sofria muito.
Eu não conseguia me disfazer dele, mas fui criando coragem aos poucos, ignorando ele, me desprendendo, e consegui finalmente ficar livre.
Hoje ainda tenho algumas complicaçãoes mas estou me recuperando muito bem.
Não aconselho ninguem a perdoar a violência na primeira vez, porque depois fica muito mais difícil conseguir.A minha familia não sabe do acontecido, eu não fui corajosa o suficiente para denunciá-lo mas se voltar a acontecer comigo, eu não pensarei duas vezes. Não quero ter o mesmo sofrimento que eu já tive.


ANA- São Paulo

Casei cedo, esse relacionamento durou 16 anos, apesar de saber que ele era mulherengo desde o namoro, persisti e casei.No começo foi bom tivemos filhos ele era dedicado, trabalhador, não tinha vícios. Conforme o tempo foi passando, ele foi mostrando quem era, colocou as garras para fora e se transformou em um monstro.No começo me agredia longe das crianças, quando viu que eu não reagia, passou a me agredir na frente delas. Escondia da minha familia, porque era vergonhoso para mim mostrar as marcas da violencia.Me tornei um ser desprezivel, não me amava, não me valorizava, me sentia a pir das mulheres, sem contar que me faltava coragem para tomar uma atitude.Meus filhos sofriam e ainda tem lembranças até hoje.Não conhecia a lei Maria da Penha, e mesmo que conhecesse não teria coragem de pedir ajuda, pois tinha um medo muito grande do meu ex marido.Deus me ajudou e minha familia tambem.Hoje o que posso dizer é que voce que le esta história, não tenha medo de pedir ajuda, porque o homen que bate em sua própria mulher é um covarde, e voce tem uma lei que lhe protege. Não sofra mais, hoje estou bem e feliz e vejo que o medo que temos, só serve para dar mais FORÇA a esse ser desprezível que é o homem que tem coragem de agredir aquela que lhe deu filhos e que eles pensam ser o sexo fragil.Na verdade somos donas da situação, é so querer, temos uma lei que nos protege e nos da toda segurança possível. Acredite!!!!!!!




M.L


Desejo comentar a importância da associação na vida da mulher, e com a certeza do amparo que temos hoje, é que faço um desabafo; acabo de me separar do homem que convivi por mais de 20 anos, homem que desconhecia totalmente pois caiu a mascara e descobri o calhorda que viveu a meu lado, praticava uma das piores violências que alguém pode suportar, desejei estar no lugar de minhas filhas(é uma dor insuportável). Mas enfim, estamos livres, eu e principalmente minhas filhas… pergunto: Como posso associar-me?tenho interesse.


H.V


Além de sofrer por anos as agressões físicas típicas de relações doentes, ainda sofri por anos a violência patrimonial e moral… E o pior é que mesmo tendo conseguido por um fim nas agressões físicas com uma separação que já se arrasta por 2 anos, não consigo acabar com a violência patrimonial e moral… Isso porque tenho dois filhos com meu agressor e sequelas de um relacionamento que não sei até onde vão… Hoje troco o pai do meus filhos pela minha dignidade… Vendo minha alma para o inimigo e suporto os piores nomes para que tenha de volta pelo menos um mínimo do que me foi furtuado ao longo de 8 anos de relacionamento sabendo que ao invés de ter de volta ele está tirando mais… Faz mais ou menos uns 20dias ouvi um psiquiatra dizer que uma vítima de sequestro submetida a determinados tipos de tortura tem traumas que causam uma RUPTURA tal em sua DIGNIDADE que ela nunca mais é a mesma pessoa… Todas as coisas que passei, seja pelas agressões físicas, pela impotência, pela sensação de total incapacidade ante as violências impostas pelo meu êx-companheiro me fazem acreditar que nunca mais serei a mesma pessoa… Tudo bem, que seja então… Mas preciso aprender a gostar dessa pessoa que me tornei, pois sou uma sobrevivente que não sabe viver… Que perdeu os elementos que tinha para viver… Todos foram tirados, e eu tenho dois filhos para criar… E eu sou uma profissional… Não sofro mais nenhuma agressão física mas continuo me submetendo a outros tipos de violencia diariamente por razões e temores que nem eu mesma sei dizer…


L.CC


eu venho sofrendo desde de 1996 ano que nasceu minha filha caçula, sofro agressão verbal, agressão corporal, e não é só eu que sofro as minhas filhas também sofre agressão verbal por parte do meu companheiro que é o pai delas. Muitas vezes eu procurei a delegacia da mulher mas por ser ameaçada de morte por ele eu retirei as queixas. Já não agüento mais sofrer as vezes penso que para mim não tem jeito, tenho que viver do lado dessa pessoa, infeliz sofrida e humilhada por resto de minha vida. porque se eu entrar na justiça para me separar dele ele disse que me mata, eu não posso sair de casa com duas adolescentes sem ter parar onde ir.ele tem mais casa tem para onde ir eu não, só que ele diz que não vai sair porque a casa é dele e é eu quem tenho que sair e que eu não tenho direito em nada dele. durante todos esses anos eu vivi debaixo dos pés dele, ele não me deixava trabalhar nem estudar, sempre disse que eu não precisava trabalhar porque o meu futuro estava feito. e sempre deixava e deixa até hoje a gente passar necessidade de tudo depois de muitas brigas pancadarias e humilhação eu conseguir terminar o 2º grau.e hoje com 36 anos trabalho de faxineira para poder dar as coisas para minhas filhas.saio para trabalhar e quando chego muitas vezes sou humilhada e chutada para fora de casa, as vezes tenho que ir dormir nas casas dos vizinhos por ele quer me agredir fisicamente.estamos separados de cama a alguns meses, eu não quero mais ele só que ele não aceita a separação não porque gosta de mim, mas sim porque não aceita me dar o que eu tenho de direito.quando falo que vou procurar a justiça ele primeiro fica bomzinho alguns dias depois volta a fazer e dizer coisas piores comigo. Esta sempre dizendo que se eu colocar ele na justiça para querer alguma coisa. Eu posso até ganhar só que eu não vou ficar viva para receber porque ele me mata. Já convenci com ele tenando fazer um acordo mas ele não aceita já disse para ele que eu não gosto mais dele e que quero me separar numa boa mas ele se recusa a qualquer acordo, ele prefere viver assim todo dia uma discussão, uma agressão verbal e se eu não correr para os vizinhos uma agressão fisica ou até mesmo a minha morte. já não aguento mais por favor me ajude. nem sei como tomei coragem para escrever tudo isso, mas o meu sofrimento é tão grande que eu não estou aguentando mais. me ajude por favor preciso muito da não amiga de vocês. me sinto num cativeiro é assim que eu tenho me sentido todos esses anos.


p.


Eu não fui vítima de nenhum marido ou namorado, mas desde que me entendo por gente vejo que é presente no relacionamento dos meus pais a violência doméstica.
Minha mãe ha muito tempo é destratada pelo meu pai, incluindo agressões físicas e principalmente psicológica. Ela nunca teve coragem de denunciar, pois ele sempre foi um pai maravilhoso para nós. Agora depois de adultas, sempre incentivamos minha mãe a procurar ajuda quando agredida, mas mesmo assim ela não procura. Tentamos entender porque ela passa a vida agüentando este tipo de coisa.
Gostaria que um dia o coração do meu pai fosse tocado por uma força maior, divina… para que nunca mais seja capaz de agredir ou humilhar alguém.


V.M


Porque tanta covardia, todas as agressões levam a morte como a nossa amiga disse: quando não é física é na alma, estou lutando para ter um futuro melhor acerca de tudo isso, passei a viver cada dia como se fosse o ultimo estudo muito para ter como me sustentar no futuro tive apenas um filho, pois já sentia que não haveria possibilidade de ter mais,engravidei com a idade de 15 anos meu filho está com 14 anos e também sofre por minha causa, mais estou lutando vou conseguir estruturar a minha vida, isso me deu mais força para lutar, hoje estudo na ufrj, e na uff pelo cederj, passei em um concurso militar e a minha vida vai mudar, cansei de esperar pela mudança não tenho mais esperança de nada com ele, estou vivendo ate quando der.


LILI-49 São Paulo

Fui agredida pelo meu marido, desta vez foi fisicamente também, porque psicologicamente e verbalmente acontece sempre. Ele me acusa de ter amantes (que só existem na mente dele, que é muito ciumento) e procura me acuar de todas as formas. Desta vez eu fui orientada a ir à delegacia de mulheres, eu nunca tinha ido a uma delegacia antes. Fui também ao IML porque ele me causou lesões físicas, mas demorou um mês para ele receber a intimação, e ainda mais um mês para chegar o dia de ir lá prestar esclarecimentos, nem sei se foi, só espero que tenha levado ao menos uma repreensão, mas como não foi pego em flagrante, esta tranquilo, trabalhando normal, espero que não volte a me bater pq se não houve nenhuma punição e ele voltou pra casa, com apenas uma bronca, ele não vai ter medo de fazer novamente.
Eu gostaria de acreditar que ao menos uma punição por menor que seja ele tenha sofrido e aprendido a lição. Não me separei pq não tenho como sobreviver, sempre fui pressionada a não trabalhar, sofri acuação, e agora com quase 50 anos, fica complicado começar no mercado de trabalho. Também não gostaria de acabar com minha família, não fui educada desta forma. Estou aqui torcendo para que agressores que não são presos recebam uma punição suficiente para não querer fazer de novo, caso a mulher não se separe por inúmeros motivos. Gostaria de acreditar que ele foi punido. Obrigada por ter me dado a chance de desabafar.
TATIANA OLIVEIRA-29 JOÃO PESSOA
Meu depoimento é um de tantos outros que existem a cada dia. Fui casada durante sete anos e nos últimos dois anos apanhei muito, eram murros, chutes, pontapés, beliscões, até murros no rosto, fui estuprada por meu esposo diversas vezes, era horrível! Então decidi abandoná-lo, sai de casa e comecei a trabalhar, arranjei um namorado (hoje marido) e vivo feliz, ao invés de apanhar sou amada, foi difícil, mas DEUS nos fez para sermos amadas. Pensem nisso.
ROSENI- BRASILIA D/F
Uma mulher que apanha do marido só vai à delegacia quando ela está no seu limite, depois de sofrer muito. Fui queimanda com ferro de passar roupa por me negar a ter relações sexuais com meu marido. Fui à delegacia dar queixa e a delegada perguntou se eu tinha testemunhas do fato. Ora, eu estava ali queimada. Só me senti uma mulher livre para criar meus dois filhos depois que enfrentei meu marido com um facão. Foi só aí que ele parou de me espancar. Após seis tentativas de separação, fui vítima de cinco balas disparadas por meu ex-marido, e eu carrego todas essas marcas e a cicatriz na alma. Ele foi condenado a apenas cinco anos de prisão, mas, mesmo assim, a Lei Maria da Penha é um avanço e uma esperança.

3 comentários:

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  3. Olá meninas tenho 18 anos e conheci o meu marido quando eu tinha 15 e com 16 começamos a namorar... Tudo foi rapido logo "juntamos" e tudo era maravilhoso ate2que eu descobri que ele conversava com uma garota foi um baque pra mim entao decidi ir embora,mas por muita insistência ele conseguiu me convencer a ficar passaram dias e eu descobri a gravidez eu fiquei no chão porque nao confiava que ele ficaria comigo para cuidarmos dessa criança e pensei no aborto, mas ele disse que sim que iria ajudar então me iludi mais uma vez e acreditei, um tempinho mais tarde ele arrumou um emprego em outro lugar e com o passar dos meses ele foi ficando agressivo não ligava pro que eu dizia ou fazia e começou a me empurrar e cada dia, cada briga tudo ia piorando até que eu descobri que ele estava viciado em cocaína e com 6 meses de gravidez eu ja nn sabia pra onde correr eu comecei a fumar e beber pq eu estava sozinha,mas me levantei e novamente lutei pela familia eu ja nao aguentava estava com as forças esgotadas mais persisti.. Então terminamos por varias vezes mais eu smp estava disposta a ajuda-lo a se recuperar de seus vicios e depois de muito choro,brigas e orações consegui ajuda-lo então tudo ficou aparentemente normal .. Mais ele de repente novamente me deixou e todos os dias convivo com palavras duras e ate mesmo agressões. Todos os dias ele me pede que eu vá embora porque nn consegue e ver e muitas coisas, me diz que nn sou mulher que sou puta, piranha, demonia e mts outras coisas que uma pessoa jamais gostaria de escutar, mas eu smp dps de td isso estou disposta a acalma-lo e tentar viver bem com ele , mas ele não quer saber só quer que eu vá embora mesmo estando sem minimas condições e ele tbm está mais smp diz que a casa e dele e pede pra que eu suma.. Por favor me ajudem porque já pensei muitas vezes em tirar minha vida por me sentir sozinha nisso tudo.

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